Toureiro Francisco Palha usou abusivamente a marca Odisseias para promover uma tourada

A conhecida marca ODISSEIAS foi envolvida na promoção de uma tourada na praça de touros de Santarém através de um passatempo promovido pelo cavaleiro tauromáquico Francisco Palha nas suas redes sociais.

O referido cavaleiro oferecia uma “Odisseias Box” aos seus seguidores e pessoas que adquirissem bilhetes para a tourada, como forma de promover o espetáculo tauromáquico.

Ao tomar conhecimento da situação a Plataforma Basta de Touradas contactou a empresa no sentido de saber se tinha conhecimento do envolvimento da ODISSEIAS nesta promoção e se a empresa apoia ou tenciona apoiar eventos tauromáquicos.

A resposta da empresa foi bastante vaga, limitando-se a informar a Plataforma que “no seguimento do mesmo somos a informar que, até ao momento, não tínhamos qualquer conhecimento do exposto pelo que formalizamos por esta via que não foi feita nenhuma permuta ou oferta da nossa parte para esse ou outro fim no âmbito da referida actividade.”.

Perante esta resposta a Plataforma Basta de Touradas insistiu com a empresa para que esclarecesse os consumidores se tenciona ou não apoiar eventos tauromáquicos, alertando ainda para o facto do passatempo continuar a ser divulgado nas redes sociais e imprensa tauromáquica.

Em resposta a ODISSEIAS limitou-se a referir que “somos a reforçar que não foi realizada nenhuma oferta ou permuta da nossa parte para com a entidade em questão. Mais informamos, que não dispomos de qualquer oferta relacionada com a respectiva actividade para possível aquisição por parte dos nossos clientes e que a informação partilhada por vós já foi transmitida internamente para análise, pelo que não temos mais nenhuma informação a partilhar.”.

Passatempo da marca Odisseias.

Promoção publicada nas redes sociais do cavaleiro tauromáquico Francisco Palha, entretanto removida por ordem da marca Odisseias.

Nos últimos anos um grande número de marcas assumiram publicamente não apoiar a realização de eventos tauromáquicos, sendo atualmente praticamente inexistentes as marcas nacionais ou internacionais que apoiem esta violenta e cruel atividade.

Mitsubishi não apoia touradas

Infelizmente sucedem-se os casos de uso abusivo de marcas nacionais e estrangeiras por parte de pessoas envolvidas no negócio das touradas. Recordamos os casos da “Mitsubishi” cujo logotipo foi indevidamente incluído num cartaz de promoção a uma tourada em Portalegre em 2018 tendo a empresa exigido a remoção da sua imagem e garantido à Plataforma Basta de Touradas que a marcaexclui da sua política de patrocínios o apoio a espetáculos tauromáquicos”.

Remax não apoia touradas

No mesmo ano, em Portalegre foi anunciada a “1ª Grande Corrida de Toiros Remax Portalegre” situação que motivou a indignação de muitos cidadãos e que levou a Remax Portalegre a cancelar o evento pedindo desculpa aos consumidores, garantindo que “Não somos adeptos da tauromaquia e apenas percebemos a dimensão deste patrocínio no dia de hoje graças à vossa ajuda. Agradecemos a vossa compreensão”.

Turismo de Portugal não apoia touradas

Também no ano de 2018 o Turismo de Portugal ordenou a retirada do seu logotipo dos cartazes de promoção da “XXIX Semana da Cultura Tauromáquica” em Vila Franca de Xira garantindo à Plataforma Basta de Touradas que “não houve por parte deste Instituto qualquer apoio à realização” daquele evento.

Sagres não apoia touradas

A Sagres foi associada a um evento tauromáquico na Praia do Rosário na Moita, marcado para o dia 18 de março de 2018. A conhecida marca fez questão de esclarecer a Plataforma Basta de Touradas que “a nossa empresa não tem na sua política de patrocínios as atividades taurinas”.

Heineken não apoia touradas

No mesmo sentido a marca Heineken assegurou à Plataforma Basta de Touradas que “A Heineken não apoia este evento nem apoiamos nenhum outro relacionado com as touradas“.

Pingo Doce não apoia touradas

 Em julho de 2017, a publicidade a uma corrida de touros na Foz do Sizandro incluía a referência ao patrocínio da cadeia de supermercados “Pingo Doce”, situação que a empresa prontamente desmentiu, referindo que  “o Pingo Doce não apoia esta iniciativa, bem como não apoia outras iniciativas da mesma natureza”.

Riberalves não apoia touradas

Em junho do mesmo ano a marca “Riberalves” apareceu também como patrocinador de um evento tauromáquico ilegal (não licenciado pela Inspeção Geral das Atividades Culturais) na praça de touros da Moita. A empresa fez questão de esclarecer a plataforma Basta que “a Riberalves não tem, nem nunca teve na sua história, qualquer estratégia de apoio a touradas”.

Liga Portuguesa Contra o Cancro não apoia touradas

Em 2016 foi a vez da Liga Portuguesa contra o Cancro esclarecer quea Direção da Liga Portuguesa Contra o Cancro é absolutamente contra a realização de Touradas ou de espetáculos semelhantes depois da instituição ter sido associada indevidamente associada a uma tourada na praça de touros de Angra do Heroísmo, cujas receitas revertiam a favor do Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

A estas marcas juntam-se a Bestravel, o Azeite Oliveira da Serra, o Minipreço, Licor Beirão e a Bosch, todas associadas de forma abusiva a espetáculos tauromáquicos, situação que as marcas prontamente esclareceram não corresponder às suas políticas de responsabilidade social.