Bancada da praça de touros desabou com milhares de pessoas, incluindo crianças.
Presidente da Colômbia apelou aos municípios para “não autorizarem mais espetáculos com a morte de pessoas ou animais”
O desabamento de uma bancada da praça de touros de El Espinal na Colômbia provocou, pelo menos, 5 vítimas mortais (entre as quais um bebé) e mais de 200 feridos, durante uma “corraleja“, que é um tipo de festejo tauromáquico que ocorre em recintos improvisados e construídos em madeira.
A tragédia na praça de touros de El Espinal ocorreu no passado dia 26 de junho quando a estrutura da praça de touros cedeu. As “correlejas” já foram proibidas em alguns locais, não só pela crueldade contra os animais, mas também pelas questões de segurança. Não a primeira vez que uma praça de touros deste tipo desaba na Colômbia, e as autoridades locais estão a investigas o caso para apurar responsabilidades.
Imagens recentes mostram que, enquanto as pessoas tentavam socorrer as vítimas do desabamento, outro grupo de pessoas agarrava um touro no centro da arena, aplicando-lhe golpes de faca, tendo acabado por matar o animal.
As imagens estão a chocar o país e as autoridades colombianas e motivaram uma intervenção imediata do recém eleito Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que apelou no Twitter aos municípios para que “não autorizarem mais espetáculos com a morte de pessoas ou animais”.
Espero que todas las personas afectadas por el derrumbe de la plaza de El Espinal puedan salir airosas de sus heridas.
Esto ya había sucedido antes en Sincelejo.
Le solicito a las alcaldías no autorizar más espectáculos con la muerte de personas o animales. pic.twitter.com/dMAq6uqlKX
— Gustavo Petro (@petrogustavo) June 26, 2022
Petro tem manifestado a sua oposição às touradas nos últimos anos, pelo que se espera que tome medidas fortes na sequência desta tragédia.
A Plataforma Basta de Touradas lembra que, em Portugal, várias praças de touros não cumprem os mínimos exigidos em termos de segurança. A Basta de Touradas já alertou várias vezes a IGAC para as más condições de inúmeras praças de touros, para a falta de condições de segurança e de assistência médica e para o risco de acidentes nas chamadas “praças de touros desmontáveis”, algumas das quais, apresentam sinais evidentes de degradação.
A maioria destes recintos encontram-se abandonados durante o ano inteiro e carecem de uma fiscalização mais apertada das autoridades.