Pingo Doce assume que “não apoia esta iniciativa, bem como não apoia outras iniciativas da mesma natureza”.
“Intermarché” não se recusa a patrocinar touradas, concedendo autonomia aos pontos de venda.
A conceituada marca de supermercados “Pingo Doce” surgiu como um dos patrocinadores de uma tourada a realizar no dia 29 de julho na localidade de Foz do Sizandro, no concelho de Torres Vedras.
A Plataforma Basta de Touradas e milhares de consumidores, indignados com o patrocínio da marca a um evento polémico que implica maus tratos a animais e que não é consensual na sociedade portuguesa, contactaram o serviço de apoio ao cliente do Pingo Doce, solicitando esclarecimentos acerca do patrocínio e questionando a marca acerca do apoio à realização de touradas em Portugal.
O Pingo Doce não apoia esta iniciativa, bem como não apoia outras iniciativas da mesma natureza
Hoje, 27 de julho de 2017, o Serviço de Apoio ao Cliente Pingo Doce emitiu um comunicado esclarecendo a polémica, referindo que “o departamento responsável avaliou a questão que nos colocou, e esclarece que a presença da marca Pingo Doce na publicidade a uma corrida de touros na Foz do Sizandro, no dia 29 de Julho, é indevida“.
Significa que o logotipo da marca foi abusivamente utilizado na publicidade à tourada, criando profunda indignação junto dos consumidores. O Pingo Doce faz questão ainda de referir que “o Pingo Doce não apoia esta iniciativa, bem como não apoia outras iniciativas da mesma natureza” e informa que foram tomadas internamente as devidas diligências para apurar este lapso.
A plataforma Basta de Touradas saúda a posição assumida pela conhecida marca de supermercados e o esclarecimento prestado à plataforma e consumidores.
No mesmo cartaz é possível ver o patrocínio de outra marca conhecida dos portugueses: Intermarché.
Contactada pela Plataforma Basta de Touradas, o “Intermarché” recusa-se a dissociar-se do apoio à tauromaquia, assumindo que são “sensíveis às questões que a tradição tauromáquica suscita” e delegando as políticas de responsabilidade social nos agentes locais: “a exploração de cada ponto de venda é da responsabilidade do seu administrador que é autónomo nos apoios que decide prestar à localidade onde a sua loja está implantada”, situação que lamentamos.
A utilização abusiva e indevida de marcas conceituadas na promoção de touradas é, infelizmente frequente, e já levou várias empresas e instituições a esclarecer publicamente o uso indevido da sua imagem e a assumir que não apoiam a realização de touradas em Portugal.
Recentemente as marcas Riberalves, Heineken, Liga Portuguesa contra o Cancro, IPO, Oliveira da Serra, Minipreço, Licor Beirão, Bosch, entre outras, esclareceram a plataforma Basta de Touradas que a sua marca foi indevidamente associada às touradas e que não apoiam este tipo de eventos.
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