Sondagem cómica para impressionar deputados

Sondagem manipula a opinião da sociedade portuguesa.

A Federação Prótoiro não apresenta o estudo completo nem todas as perguntas efetuadas.

A Plataforma Basta de Touradas lamenta ter que vir a público assinalar a ridícula sondagem encomendada pela Federação Prótoiro à empresa Eurosondagem, que devia pautar-se por um maior profissionalismo, com o objetivo de manipular a opinião pública e condicionar o voto dos deputados em relação ao aumento do IVA das touradas. 

A pergunta “Votaria num partido que tomasse medidas proibitivas contra actividade cultural contra touradas ou largadas de toiros?” que motivou as falsas afirmações que “67% dos portugueses não votariam num partido que defenda o fim das touradas”, é o exemplo perfeito do absurdo a que chega a indústria das touradas para subverter uma realidade desfavorável.

Será que também seria válido questionar: “Concorda com o fim da violência contra crianças e as touradas?” ou “Concorda com a violência machista e com as touradas?”.

Como é óbvio os portugueses não são favoráveis a medidas proibitivas contra as “atividades culturais”, e este estudo da Eurosondagem é tão credível como o que foi realizado em 2011 pela mesma empresa para a federação Prótoiro, que começava por perguntar se concordava com “atividades com toiros” em Portugal, em vez de perguntar diretamente se é a favor das touradas.

A Federação Prótoiro não apresenta o estudo completo nem todas as perguntas efetuadas, deixando no ar uns números que de forma alguma refletem a opinião dos cidadãos portugueses.
A Plataforma Basta lamenta esta forma desonesta de tentar manipular a opinião pública e o Parlamento.

sondagem realizada pela Universidade Católica em 2018 na cidade de Lisboa, com perguntas simples e diretas, demonstra exatamente o contrário em relação à simpatia da população portuguesa pelas touradas.

Independentemente de tudo isto, o aumento do IVA das touradas é uma questão da mais elementar justiça social, numa sociedade civilizada e não pode ser decidido com base em “estudos” sem qualquer credibilidade.

Plataforma Basta de Touradas.
Lisboa, 1 de fevereiro de 2020.

Basta de touradas